Estudo sobre câncer de pênis é capa da Human Pathology
22.08.2012
"Um estudo clínico, patológico e molecular do p53 e minuto duplo murino 2 em carcinogêneses de pênis e sua relação com prognóstico" (A clinical, pathologic, and molecular study of p53 and murine double minute 2 in penile carcinogenesis and its relation to prognosis). Esse foi o título do artigo de pesquisadores do Hospital A.C.Camargo publicado na edição de abril da revista Human Pathology, que mereceu capa da publicação pela relevância da pesquisa. O trabalho foi assinado pelos doutores Rafael Malagoli Rocha, Julianna Alves Ignácio, José Jordán, Dirce Maria Carraro, Bianca Lisboa, Ademar Lopes, Kátia Cândido Carvalho, Isabela Werneck da Cunha, Antônio Cubilla, Gustavo Cardoso Guimarães, José Vassallo e Fernando Augusto Soares.
De acordo com o artigo, o carcinoma de pênis representa mais de 16% dos tumores malignos masculinos diagnosticados nos países em desenvolvimento. Entre os vários tipos de tumores que podem acometer o pênis, o carcinoma espinocelular está entre os mais comuns e que apresenta muitas variantes, conferindo distintos prognósticos. O gene p53, em condições normais, é um supressor de tumor. No entanto, se há alterações nesse gene e/ou em sua proteína, os defeitos gênicos ocorrem e passam despercebidos com mais facilidade, contribuindo para o aparecimento de diversos tipos de câncer, entre eles o carcinoma de pênis.
No estudo, foi avaliada a expressão da proteína p53, assim como a mutação e as alterações numéricas do gene por meio de técnicas de sequenciamento e de hibridização in situ. Os pesquisadores observaram que pacientes em que o tumor apresenta aumento da expressão dessa proteína evoluem de maneira mais agressiva, elevando o risco de óbito. A partir do estudo é possível verificar se existe deficiência da proteína e, confirmada essa possibilidade, o médico poderá antever a agressividade da doença e indicar um tratamento condizente com o quadro.
Fonte: Hospital A. C. Camargo